Como primeira reação, algumas pessoas pensam em fazer um torniquete no local atingido.
Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), neste ano, até o dia 16 de agosto, foram notificados 14,3 mil relacionados a ataques de escorpião. Para dado de comparação, no ano de 2017, ocorreram 21,7 mil casos.
Os dados do último ano e de 2018 representam um aumento da presença do inseto no Estado, indicando uma adaptação do artrópode nas grandes cidades, tirando o foco apenas pelo interior.
Em casos de picadas em crianças e adolescentes, o Dr. Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da FMUSP, afirma que os pais precisam manter calma e, principalmente, observar as características do animal.
“O escorpião brasileiro é venenoso, mas não é fatal. Em adultos, a picada do bicho provoca muita dor, mas em 98% dos casos o controle pode ser feito por anestésicos ou analgésicos. Já crianças ou adolescentes até 15 anos são bem mais suscetíveis ao veneno”, explica Wong.
Como primeira reação, algumas pessoas pensam em fazer um torniquete no local atingido. Para o especialista, entretanto, isso não é recomendado, pois aumenta a concentração da substância em apenas um local do corpo.
Para diminuir os riscos de acidentes, alguns cuidados básicos podem ser tomados, como manter limpos os quintais, terrenos baldios e jardins. É importante não acumular entulho e lixo doméstico, aparar a grama dos jardins e recolher as folhas caídas. Coloque o lixo em sacos plásticos que devem ser mantidos fechados para evitar o aparecimento de moscas, baratas e outros insetos, que são os alimentos favoritos dos escorpiões.
“É fundamental que as pessoas sigam essas recomendações em casos de acidentes com animais peçonhentos e procurem, o quanto antes, o serviço médico mais próximo”, alerta o biólogo Giuseppe Puorto.
E outros bichos peçonhentos?
Em caso de picada de aranha, é necessário tomar um soro específico. Já no caso de um ataque de cobra, é necessário, antes de tudo, não entrar em pânico. O primeiro passo é identificar a cobra, para tomar o soro específico no posto de saúde mais próximo. Caso não consiga identificar, é recomendável tentar recolher o animal e levá-lo junto. Contate o corpo de bombeiros nesse tipo de caso, como aconteceu com Reginaldo Rocha, na cidade de Joanópolis, no interior do estado de São Paulo. “A cobra foi levada com a ajuda dos Bombeiros e identificada. Por sorte, o animal não era venenoso”, conta ele.
Whatsapp vira “antídoto”
Há cerca de três anos, o Instituto Butantan usa o aplicativo Whatsapp como aliado no tratamento de vítimas e acidentes com animais peçonhentos que dão entrada no Hospital Vital Brazil. O aplicativo está sendo usado por um grupo de pesquisadores do Butantan para reconhecer e identificar os animais e espécimes, verificando se realmente são peçonhentos e auxiliando, assim, a equipe médica do Vital Brazil na conduta a ser adotada.
A partir do envio da imagem ao grupo de biólogos do Butantan, o tempo médio de resposta tem sido de três a seis minutos. “Com o grupo, nós tivemos um grande avanço no atendimento às vítimas de acidentes que trazem o animal ao hospital ou uma foto dele para a identificação, principalmente para os casos que exigem uma confirmação rápida para a ação médica”, destaca Carlos Roberto de Medeiros, diretor-médico do hospital Vital Brazil do Instituto Butantan.
Fonte: Assessoria de Imprensa / Secretaria da Saúde
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