O perfil da maior parte dos mortos relacionados ao novo coronavírus na Itália se assemelha aos da China: os efeitos são particularmente fortes nos idosos do sexo masculino que já conviviam com alguma doença.
Na Itália, contudo, diante da população idosa proporcionalmente maior, a taxa de mortalidade da doença causada pelo vírus, a covid-19, chegou na segunda-feira (16) a 7,7%, enquanto o índice chinês médio é de 2,3%.
Segundo dados do Instituto Superior de Saúde (ISS), órgão subordinado ao Ministério da Saúde da Itália e que monitora a emergência nacionalmente, a média de idade dos italianos infectados pelo coronavírus é de 63 anos, sendo que 60% deles são do sexo masculino.
Os números do ISS sobre as mortes relacionadas à covid-19 mostram que a imensa maioria das vítimas convivia com pelo menos uma ou mais doenças, com maior porcentagem (37%) para as cardiovasculares.
“A insuficiência respiratória foi a complicação mais observada nas amostras (98,8% dos casos), seguida da choque (como choque séptico, 22,9%), insuficiência renal (16,9%) e infecção (10,8%)”, diz um informe do ISS compilado na sexta-feira (13/03).
SITUAÇÃO NO BRASIL
Os casos confirmados do novo coronavírus alcançaram 234 ontem(16), segundo a atualização divulgada pelo Ministério da Saúde. É mais do que o dobro de três dias antes. Na sexta-feira (13), o total passou de 100 pela primeira vez e agora já ultrapassa os 200.
São Paulo é responsável por mais da metade dos casos (152). Em seguida vêm Rio de Janeiro (31), Distrito Federal (13), Santa Catarina (7), Rio Grande do Sul e Paraná (6), Minas Gerais (5), Goiás (3), Bahia, Mato Grosso do Sul e Pernambuco (2).
Amazonas, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Norte registram um caso confirmado de coronavírus (um caso por unidade da Federação).
Já os casos suspeitos ultrapassaram os 2 mil, chegando a 2.064. São Paulo lidera com 1.177, seguido por Rio Grande do Sul (119), Santa Catarina (109), Distrito Federal (107) e Rio de Janeiro (96).
Os descartados ficaram em 1.624. Ainda não foram notificadas mortes em razão da doença. Já não há nenhuma unidade da federação sem casos confirmados ou suspeitos, o que existia até semana passada (Roraima e Amapá).
Desses, mais da metade é de casos importados (pessoas que contraíram o vírus em viagens para fora do Brasil). Outros 34% são situações de transmissão local (quando uma pessoa infectada contamina outra na mesma cidade).
Com informações da BBC e Agência Brasil