O município de Americana, no interior de São Paulo, entrou em alerta nas últimas semanas após a confirmação de sete mortes causadas pela febre maculosa.
Segundo o site UOL, a última vítima foi um homem de 37 anos que esteve no Rio Atibaia, onde vivem capivaras, principais hospedeiras do carrapato, transmissor da doença.
No total, Americana contabilizou oito casos em 2018, apenas um deles com evolução para cura. Outras 18 notificações da doença naquela cidade ainda aguardam a comprovação de exames.
Em Paulínia, na quinta-feira (28), foi confirmada a morte de uma mulher de 53 anos pela mesma doença. Ela havia visitado a represa de Cosmópolis dias antes de apresentar os sintomas.
De acordo com as autoridades, a região de Campinas apresenta, pelo menos, 34 casos registrados e 10 mortes.
A doença
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Rickettsiarickettsii, transmitida pela picada de carrapato-estrela. Não há transmissão direta entre humanos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a enfermidade ocorre durante todo o ano, com maior incidência em outubro, quando aumenta a proliferação de carrapatos. Em 2017, todo país, foram registrados 123 casos da doença.
A melhor forma de se proteger contra a doença ainda é evitando lugares com risco de infestação (represas, mananciais e áreas de mata fechada).
Para quem não pode evitar essas áreas, a recomendação é usar roupas claras para melhor enxergar os carrapatos, além de colocar a barra da calça dentro das meias ou calçar botas.
É importante também examinar o corpo com frequência porque o carrapato transmite a bactéria responsável pela febre maculosa só depois de pelo menos quatro horas grudado na pele.
Sintomas e tratamento
O Ministério da Saúde explica que os principais sintomas da doença são febre elevada, dor de cabeça e dores intensas no corpo, seguidas de erupções cutâneas, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés.
A febre maculosa não é uma doença que evolui sozinha para cura e precisa de tratamento. Quando não tratada, a bactéria ataca órgãos vitais
como coração, rins e o sistema nervoso central, o que pode resultar levar à morte.
De acordo com especialistas consultado pelo UOL, a grande taxa de mortalidade pela doença está justamente relacionada ao diagnóstico tardio.
Com informações do UOL e Agência Brasil